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quinta-feira, 6 de maio de 2010

ANTES DE MAIS NADA

Antes de mais nada
Deus... E depois veio tudo
Dia e noite e madrugada
E todas as coisas do mundo
Houveram estrelas e houve chao
E nasceram de adao e eva
Todos os homens para multiplicacao
E tornou-se efêmera a treva
Tambem findando o silêncio inicial
Porquanto deus ordenou luz e luz veio
Nasceu o som e se deu nome a cada animal
E o mar com sal se fez cheio
Pois água de tempestade caiu em seguida
Todos puderam livremente escolher
Entre bem e mal, entre morte e vida
Entao que puderam todos colher
O que todos vieram por plantar
Antes de mais nada, tudo sem formas
Porem uma voz determinou dimensoes
E criou de si mesma caminhos de normas
Para que os mortais achassem explicação
No nascer do sol e no passar dos tempos
E entendessem sobre o amor perfeito
Nao esse amor em que se dao corpos
Mas o amor das almas que é feito
Tanto para vivos quanto para mortos
Antes de mais nada, havia Deus
E dele veio tudo e todos: mares e ventos
Montanhas e desertos, cristãos e ateus...
E a explicação no nascer do sol e no passar dos tempos...

FLORES EM MIM

Flores jogadas no quintal
Velam amores em pedaços
O nosso bem e o nosso mal
Refazendo ou destruindo laços

Flores são lágrimas caindo
É a ausência de um sonho vivo
Uma menina triste sorrindo
Tentando ver em si ou em um livro
Qualquer razão que lhe convença
Do quanto vale viver mais

Flores mortas olham com indiferença
Os seus assassinos intencionais:
Crimes de dolo ou culpa
Mas que permanecem impunes

E mesmo que peçam desculpa
Assassinos são sempre imunes
Diante da justiça ou da lei

Flores que existiram no jardim
Agora são só saudades, e eu sei
Porque carrego flores em mim
O gosto amargo da solidão
E a paz que não vem de jeito nenhum

Todos nós temos flores extintas no coração
Exalando o cheiro de uma morte comum....

Eu menti pra mim


Fiquei dez semanas
E mais a metade de um dia
A espera de palavras levianas
De alguém que não me entendia
Menti pra mim por causa do amor
Pensei que você teria gratidão
Mas não, e eu suportei a dor
Esse medo de morrer na solidão
Talvez se eu acreditasse mais
Que você não me amava tanto assim
Eu não sofreria como sofri demais
Mentindo de olhos fechados pra mim
Fiz de você o meu desejo primeiro
E tudo o mais se tornou secundário
Mas seu sentimento não foi verdadeiro
E ele destruiu o meu mundo imaginário
Meu corpo carrega as marcas reais
De um arrependimento que me mata
Que acerta o coração e não se desfaz
E traz a saudade que o maltrata...

Meus heróis


Estou cansado dos meus heróis
Sem super poderes que mudem o mundo
Não quero mais ouvir a minha voz
Enquanto o meu coração for imundo
Desisti de procurar portas
Onde só existem paredes duras
Uma overdose de desejos e esperanças mortas
Desbotam as vidas futuras
Eu me cansei de velhas ideologias
Que não me trouxeram nada
O tempo está contra os nossos dias
E cada noite repousa o medo na calçada
Troquei cada herói de TV
Por pequenas pedras de heroína
Na tentativa de não ver
Como a vida nos fere quando nos ensina
Tranquei os meus sonhos de menino
Dentro de um escuro banheiro
Querendo fugir em vão de um destino
Impossível de escapar o tempo inteiro
Estou cansado de acreditar e dizer que sim
Pras coisas que diz o novo Ministro
E os meus poemas foram roubados de mim
Porque eu não tinha o registro
Agora eu corro da polícia
Toda vez que roubo a esperança alheia
E só apareço na TV em má notícia
Igual aos meus heróis de agulha na veia.

Do seu lado


Foi com você que eu aprendi
Enfrentar a vida de peito aberto
Não se arrepender do que sentir
Saber sempre escolher o caminho certo
E ao olhar pra atrás
Entender que o tempo só passa
Pra quem não sonha mais
Do seu lado eu aprendi que o amor
É uma forma de libertar-se
E que aquilo que se fala da dor
Não passa de um simples disfarce
Daqueles que tem medo
Foi com você que entendi a vida
Entendi que não existe nenhum segredo
Quando a gente não duvida
Descobri nas suas palavras francas
Que os dias passados são memórias
E os futuros, com folhas brancas
Esperando escrevermos nossas estórias
Foi com você que eu acordei vez
Caí da cama depois de perder a hora
O bonde da vida...o trem das seis
Dentro do seu olhar
Eu vi meu sonho de criança
Espelhado feito o sol no mar
E o desejo que era só lembrança
Veio vivo junto contigo
E em silêncio eu te aceitei em mim
Por que em você achei abrigo
Foi ao seu lado e de mais ninguém
Que eu acreditei que dois mais dois
Poderia ir muito mais além
De quatro... e percebi que o depois
Não vale tanto quanto o agora
Foi te amando que eu senti o medo
Entendi por que também se chora
E que a alegria nasce em segredo.

POEMA DA VIDA

De repente, eu te vejo e me deparo
Com o claro instante da sua criação.
E então, eu me calo de todo e preparo
Um poema que seja como uma canção,
Onde você se reconheça doce e materna.
Uma canção linda, na qual te saúda
O poeta, a vida que vem mansa e fraterna.
Deus, certamente, abençoará com ajuda...
Ao te ver, me maravilho bem mais
E você não percebe, mas eu te admiro
O dom de ser mãe e de ser capaz
Das coisas belas, em que eu me inspiro
Para traduzir nessa canção enorme...
Que eu fiz para o ser do meu ser.
Ele nascerá enquanto o mundo dorme,
Enquanto as guerras cessam de haver.
Uma canção feliz que passe pelas suas
Leves ilusões de mãe e de gente divina,
Com asas que subam aos céus e desçam às ruas...
As ruas da alma humana que o sol ilumina.
Para você e o ser que em pouco tempo já vem:
Eu não o conheço ainda, mas é como se fosse
Um rosto que eu já soubesse de muito além.
Como é incrível gerar uma vida de si...
Uma vida humana em outra, de repente
Se transformando em alguém que chora e ri
E que vai amar e, também, conceber mais gente...

AMOR EM FORMA POÉTICA

Enfim, meus olhos nos teus:
Vejo-te a mesma de outrora,
Quando do nosso quase-adeus...
Depois de anos, te ver agora.

Parece que tudo ainda continua
Conforme era entre nós, bem antes.
Acho que nenhuma dor se perpetua,
E a minha acabou nesse instante.

Consigo, num poema, te confessar
Toda a saudade dura de se expressar
Em outra forma, que não a poética...

Quantos paralelos eu tive sem ti!
E, enfim, vejo tudo real acontecer aqui:
- Voltaste, para sempre, de forma poética...

SER VOCÊ

 
Dá-me sua mão...
Queria ser o pão
Que você sempre come.
Gostaria de ser seu nome...
Eu queria mesmo, é ser você!
Um dia eu vou ser.
Eu queria ter seu rosto
E o seu bom gosto.
Divide comigo sua mente
Que só pensa à frente,
E nunca olha para trás.
Dá-me parte da sua paz
E do seu amor, um pouco...
Pode me chamar de louco:
Quero-te ouvir bem assim,
Bem ou mal falando de mim.
Eu queria ser seu corpo,
São ou ferido; vivo ou morto...
Eu queria ser você a toda hora,
Nas vezes que ri e que chora.
Eu queria achar em você o sinônimo
Da palavra-chave amor e entrar, anônimo,
No seu mundo, através de uma nave.
Eu queria te abrir fácil, sem entrave,
E, ao ser você, possuir tamanha beleza
Que seja bela até na chuva ou na tristeza.
Dá-me o sabor que tem a sua alegria
Para eu fazer tema de uma poesia...

“ROMEU E JULIETA”



Ah, se soubesses tu que sou eu
Igual ao que foi o apaixonado Romeu,
De certo que serias minha Julieta,
Em perfeição mais pura e completa.

Também me amarias como te amo tanto,
Não cabendo espaço para deitar pranto...
E nosso amor romperia nuvens e estrelas,
No universo de outras paixões paralelas.

- Deus, qual a razão que ainda persiste
para que nos amemos assim, tão escondidos?
Não posso querer sentimentos proibidos...

Eu quero dizer ao mundo do amor que existe.
- Minha Julieta, será que tua riqueza
é o que nos separa, sendo eu da pobreza?

O PRIMEIRO BEIJO


Tinha as mãos frias
e o pensamento em confusão.
Longa espera de horas e dias
espremendo o coração.
Um corpo trêmulo nos gestos
e os dois olhos brilhando...
Sentimentos puros e honestos
se manifestando
repentinamente dentro de mim:
mas eu não sabia o que fazer!
O mundo parecia caindo assim
sobre os meus ombros sem eu saber.
Nenhuma palavra pode explicar
aquele momento a dois
ali acreditei que o tempo fosse parar
nossa... Porque deixei tanto pra depois
essa sensação única?
Talvez o medo tenha me travado
é uma coisa tão profunda e íntima...
Confesso que não estava acostumado:
era minha primeira vez!
Ela não... Já sabia o gosto como era.
Como também sabia da minha timidez
e do meu longo tempo de espera.
Não sei se foi por amor ou curiosidade.
Naquela idade eu nem sabia o que era amar
e mesmo assim venci o medo por vontade:
de olhos abertos, meu primeiro beijo! Ah...
E eu nunca que esqueci
o que senti.

FORA DE CARTAZ


Os meus sonhos saíram de cartaz,
As cartas de amor eu abandonei.
Quantas palavras que não falo mais...?
Eu gostava de tantas que até as guardei,
Guardei por um enorme tempo no coração
As palavras tão lindas de poesias.
E elas quase se tornaram como uma solidão
Pesando nos meus sonhos, nos meus dias...
Dias passados: sonhos que foram embora, então.
Saíram de cartaz, com um breve adeus,
Assim, de repente, e bem na última hora.
E outras palavras eu aprendi...
A vida me ensinou a como dizer
Mais vezes o “não”, e outras vezes “perdi”,
E os sonhos eu deixei de ter
Assim, sem me dar conta dessa verdade.
Saíram de cartaz com lágrimas os poemas ,
Foram embora da minha realidade.

Saíram de cartaz os sorrisos, feito nos cinemas
Os filmes quando não fazem nenhum sucesso...
E eu não fui muito bem sucedido
Porque perdi tudo, e agora me apresso
Em apagar de mim o gesto incontido
Do meu corpo em busca de amor...
Gesto que não deu me nada.
Eu sou infeliz, eu fui infeliz ao me expor,
Minhas cartas de amor rasgadas:
Tudo isso é triste... é o que me dói.
Os sonhos poéticos saíram de cartaz
Quando eu perdi, perdi a ilusão de “herói”.
Essa é a palavra que fere mais:
Perdi... te perdi...

A FLOR DA PALAVRA

 
Anterior a todo sofrimento,
É o poema nascido agora:
Graças a Deus, não veio a tempo
De ver as guerras dos homens de outrora.

Abriu o chão, seco e entristecido,
O silêncio e a leveza do poema...
Espalhou flores e trouxe sentido
Nos olhares humanos, e vida plena...

Por ser tão divino, ele permanece.
E caminha voando, sem que viesse
A destruição de armas e soldados.

O poema nascido no meio do mundo
Rompeu os céus, atravessou o rio imundo
Das discussões, e cresceu...para todos os lados!

O CARTUNISTA


Riso bem ilustrado
Por gente muito ilustre,
Que risca o mundo frustrado
Da guerra: sala sem lustre...
O mundo da nossa política
Levado aos jornais em Cartum,
Humor em forma de crítica
Para a realidade da dor comum.
Riso bem ilustrado sobre o Brasil
De personalidades da bandalha e do bandolim,
Desenho politicamente correto de Henfil
Que começou a riscar caricaturas no Pasquim.
Risos nos contornos dos transtornos, por Jaguar,
E sobre o que faz e fala toda a gente:
E a gente ri só para essa nossa vida não aguar,
Pois a dureza do dia-a-dia passa por evidente.
Riso ilustrado, pode ser original ou uma cópia
De um outro riso que ninguém entendeu direito.

E a nova versão caricata se sairá toda própria,
Nenhum plágio haverá, pois que será perfeito...
Riso bem ilustrado na visão genial, venal de Lan:
Hoje o assunto foi futebol pó causa da Copa;
A guerra deve ser o tema de amanhã
Por causa de conflito étnicos que sangram a Europa.
Seus gênios e nossos risos: traços artísticos do desenho,
Traços sobre troços da mídia, rainha dos destroços.
Os rostos e os gestos saem iguais, pelo divino empenho
Do artista, entregue à arte, da mente até os seus ossos.
Risos bem ilustrados do talento, que o tempo sempre afia,
Para satirizar coisas da ordem e da desordem pública,
Para retratar o mundo com um pouco mais de alegria
E fazer, dentro dele, do deboche uma nova República!

TIJOLO E CIMENTO, CONSTROEM SENTIMENTO


“Eu quero ser feliz !”
Escrevo isto com um giz...
Na folha suja, rabisco
Versos musicais de um velho disco.

Eu pego um pedacinho
De tijolo e deixo o caminho
Que sigo, marcado na calçada
Da minha alma cansada.

Preciso ser feliz, e ser alguém,
Construir algo que me faça bem.
E tem cimento fresco no chão...
Lá, eu escrevo com um palito
O que sufoco num grande grito:
- Eu quero amor no meu coração!

UM MOMENTO PARA MIM


Eu espero, em silêncio, a hora
Da humanidade, do vento e do sol irem embora.
Espero o recolher-se dos pássaros e dos conflitos;
Discussões entre pessoas em defesa de seus mitos.
Eu espero, então, para poder chorar sozinho
O que me dói pelo caminho,
De vida-morte encharcada no coração.
Eu espero a saudade, a chuva e a canção
Chegarem ao fim, trágico ou não, de seus momentos
Para que eu possa chorar meus feridos sentimentos.
Eu espero passar o nada e o tudo
Para me sentir completamente mudo,
Distante ou, talvez, até sem mim...
Eu espero pela extinção indígena ( feito o latim ),
Para me entregar à solidão e aos meus medos
Que me tomam em seus cibernéticos dedos,
Em suas mãos de botões e fios nas entranhas
Que penetram em mim por vias estranhas...

Eu espero o céu inteiro escurecer
E a madrugada vir, para que possa descer
Do meu rosto mais uma lágrima:
O sopro de dor e de lástima
Que me afligem tão profundamente
Toda minha alma e minha mente...
Eu espero, penitente, a amplidão do mar
Tocar meus pés aflitos e se acalmar;
Eu espero, enfim, o adormecer do mundo
Para ter direito a chorar apenas um segundo.
Um momento para chorar o que eu vivi ou não...
Eu espero: esperança quase toda em vão.

A REVOLTA DOS ROBÔS

A evolução humana
É desumana.
Sua magnitude mortífera
Cria o deus magnífico
Através do milagre científico.
O homem que mata,
Também dá vida a robôs de lata
Que latem e modem na guerra...
O homem é mito que mata e erra.
Cerra os punhos na luta
E espalha sua força bruta,
Fruto da inconsciência,
E faz do amor uma ciência...
A evolução do homem
Arde no inferno da desordem:
Fome contra fama.
E o robô parece que ama
Mais que o seu criador,

O homem cria a dor
E faz com que ela se expanda.
Agora, ela domina e comanda
Todos os homens-escravo daqui,
E ninguém poderá destruir
A criação por demais humanizada
De um ser que tem pouco ou nada
Que se diga humano...não, não é...
A ciência gelada sufocou a fé,
Não há mais homens nem coração:
O reino da Terra é das máquinas, então.

VENTO DE POESIA

 
Minha poesia não é triste
Nem alegre, ela apenas consiste
Em falar de mim, do que eu sou:
Minha poesia me leva aonde vou.
Para o mar ou para a areia,
Na direção de quem me odeia
Ou muito me ama também...
A poesia que escrevo é que mantém,
Ao meu redor, a sílaba da paz.
Meu choro nela se desfaz,
Como gota de orvalho pelo chão.
Minha poesia não é um caixão
De mágoas nem águas de contentamento:
Ela é, simplesmente, porta-voz do meu momento.
Minha poesia de cada dia, meus senhores,
Não é feita nem de pedras e nem de flores,
Ela se molda em mim ao léu...
Como um relevo ou as nuvens do céu.

Minha poesia tem amizade e não amigo,
Vaga como um mendigo: sem comida ou abrigo.
Saindo de mim para lugar nenhum do mundo,
O verso é efêmero na eternidade de um segundo...
Minha poesia é sem razão ou emoção alguma:
Ela rompe minha alma e é só mais uma,
De tantas que já existem por esse universo...
Minha poesia é o vento no qual me disperso.

MATAR OU MORRER

Eu nunca vou me render
A alma é meu tesouro comigo
Por nada haverei de vender
Melhor lutar contra o inimigo
A vida é o que destrói
Quando é ela quem trai
Mas a morte também dói
Se é alguém querido que se vai
Ainda amo, mas quem compreende?
Então, nada a perder, pouco a ganhar
Só caio morto, ninguém me prende
A minha coragem é de se estranhar
Eu sou o prolongamento da faca
No meu corpo frio, quase de metal
E a minha vontade não é fraca
Para mim ou alguém, um gesto é mortal
Soldado sozinho na guerra louca
Matar ou morrer pelo que não sei

Não sei o gosto de um beijo na boca
Meu amor agora esqueci, esqueci a lei
Temo que nunca ache outro amor de novo
Alem desse que me ensinam pela bandeira
É ordem não se render pela honra do povo:
Se cumprir, serei o herói disso a vida inteira
Mas só pela metade dela me lembrarão
Por isso, não queria estar aqui onde estou
Lutando com sangue contra a rendição...
E nessa luta, me destruo e esqueço o que sou
O que me sobrou ser, é um soldado universal
Defensor de pátrias e povos em todas as guerras
Sempre com medo de uma rendição incondicional
Em minha própria nação ou em outras distantes terras.

MENINO DE RUA

- Ei, moço! me dá um futuro...
- Não sei; futuro anda escasso.
-Ei, tia! me arranja respeito...
- Pôxa, acabei de jogar fora o último pedaço.
“Deixa para outra vez?”
- Ei, motorista! O senhor tem um carinho?
- Ah, eu acho que deixei em casa...
“Vê se você não acha pelo caminho”
- Espera aí, seu guarda! O senhor
pode me arrumar uma esmolinha?
- Não, não! Nem dinheiro nem amor...
“Agora, circulando ô trombadinha!”.
- Oba, o sinaL fechou... moça!
a senhora compra dez balas de uva?
é só um Real... eu tô com fome.
- Garoto: não posso...e olha a chuva...
- Por favor, tio: me dá esperança.
- Humm... acho que perdi no ônibus,

mas amanhã te dou uma... prometo.
- Tudo bem... ei, seu Plano Político!
o senhor pode me oferecer outro país?
- Sim, mas somente na campanha eleitoral...
“Agora, dá um tempo que estou ocupado!”
- Que droga... ninguém me ouve.
mas, eu não vou desistir: ei!ei!
- O que você quer, menino?
- Só queria da senhora um pouco de sonho...
- Toma dez centavos e segue seu destino.
- Mas, moça: eu quero é cidadania...
- É... mas isso acabou, não sabia?

“E O GAROTO QUE PEDIA, MORREU QUANDO DECIDIU ROUBAR”

FOI DE CORAÇÃO

Foi tudo de coração,
As brigas e as desculpas.
Foi tudo de coração,
E eu aceito todas as culpas.
Foi tudo de coração,
Os beijos e abraços meus.
Foi tudo de coração:
A maior testemunha é Deus...
Foi tudo de coração,
O carinho que eu te dei.
Foi tudo de coração,
As palavras duras que falei.
Foi tudo de coração,
Todo o arrependimento depois.
Foi tudo de coração,
Tudo vivido por nós dois.
Foi tudo de coração,
O amor e a amizade.

Foi tudo de coração,
Todo o vazio da saudade.
Foi tudo de coração meu olhar
Para te fazer mais feliz.
Foi tudo de coração eu te amar,
E eu te amei e te quis.
Mas, foi tudo de coração...
Cada palavra antes do amor.
O que eu fiz foi tudo de coração:
Até na hora de dividir a dor.
Foi tudo, tudo de coração
Meu amor por você, coração...

TODAS AS TARDES

Eu canto versos como quem
Acaba mesmo de admirar-se
Com um novo amor, um novo bem...
E canto sem nenhum disfarce,
Só para alegrar meu coração
Que anda um pouquinho triste
Por ver que dói a solidão
E a ausência de um rosto que insiste,
Sempre mais, por estar nos meus dias
Como quem ainda vive por um triz...
Eu canto para ti, versos de poesias
Que fazem lembrar alguém feliz.
E mesmo tão antigo, esse amor
Admira-me como se fosse novo....
Faço do seu riso minha única flor
No jardim das palavras: terra que removo!
Todas as tardes eu te visito
Em memória, nas cartas escritas à mão
Sentindo saudade do que era infinito
E que se acabou sem nenhuma explicação...

RESUMO POÉTICO


Poema é meu resumo
É o que eu consumo
O que também me consome
Morre e me mata de fome
A gota de sangue no chão
Nos remete ao verso sujo
De uma vida em contradição
E eu não sei se fico ou fujo
Se me silencio ou grito
O poema que sou é duro
É suave: flor e monólito
Linha tênue do claro ao escuro
Meu resumo em rascunho
Sem palavras... sem ensaio...
Um arco-íris que testemunho
Sol cego de onde extraio
As rimas que dão rumo
E sentido ao que sinto agora
Poema urgente que fumo
Que bebo e cuspo para fora
Que como e mastigo
Que vomito por mera necessidade
Poema eu sou e me bendigo
Só por saber que ele me invade
E um consome o outro
Eu nele e ele em mim
Fato consumado o enlace desse encontro
Onde o Poema sou Eu até o Fim...
Quando a gente cresce
Fica sem entender a vida
A sinceridade do coração desaparece
E o tempo é um beco sem saída
Isso aconteceu comigo
Eu me vejo estranho no espelho
A cada manhã ...um medo antigo
Que me persegue como um conselho
Repetido mil vezes no ouvido
E eu que não queria crescer jamais
Percebo que sou outro perdido
Feito os outros que o mundo faz
Tenho muitos amigos que ficaram assim
Sem saber pra que lado seguir
É quando a gente que o mundo é ruim

UM SEGUNDO É UMA HORA, UM DIA É UM MÊS


O que eu quero tanto te dizer
Nao há palavra que exista:
Dicionários são inúteis para isso.
O amor a primeira vista
Era uma coisa que sempre duvidei
E de repente aconteceu comigo
Mas e agora? Sinceramente não sei.
Depois de voce, não pude mais
Satisfazer-me apenas com a solidao :
Aprendi contigo que a vida
Sem um grande amor, passa em vão.
E quando você sai por uns instantes
Parece uma hora cada segundo
Que eu conto no relógio de parede.
As vezes, se não te vejo um dia
Nos meus olhos, é como se fosse um mês...
Eu fiquei seu eterno refém
Mas eu me sinto tão livre nos seus braços
Dentro da sua boca me beijando....
Longe de você, meu mundo pulsa me pedaços
E eu escrevo mais de mil canções
Com o seu nome e falando do seu jeito
Tudo isso pra te senti mais perto
Ainda dentro do meu peito.
E o que eu tento dizer eu não digo
Porque não sei onde encontrar sinônimos
Que expliquem o que é estar contigo:
Eu te amo, mas o mundo só tem antônimos
Das palavras que te traduzem.
Sei que o mundo vai passar pela gente
E seremos eu e você em outro tempo...
Nosso amor não vai morrer pois é inocente
E você também sabe que é verdade:
Pode ser daqui a um dia ou um mês
Pode ser daqui a uma hora ou num segundo,
Veremos o planeta sob as leis
Dos que amam igualmente a nós dois.
Eu não sei mais o que falar sobre o que sinto
Mas sinto que nunca vai ter fim...
Foi você quem me escolheu pra vida inteira
E o destino te escolheu pra mim.
Quando você sai um pouco
Eu sempre acho que você demora,
Um dia é mais de um mês no calendário
E no relógio, cada segundo parece uma hora...

Meu Bem



Você fala em nirvana
Mas eu não entendo nada disso
Estou esperando o fim-de-semana
Mas você já tem compromisso
Às vezes saímos junto e é legal
Porque a gente conversa, pega um cinema
Deixa a vida passar e coisa e tal
Mas te convencer é o meu maior problema
Porque você sempre diz que não dá
Que a sua mãe precisa da ajuda de alguém
E vez ou outra é porque tem de estudar
Aí eu tenho que entender: - tudo bem...
Será que quando você dorme
É capaz de sonhar comigo no travesseiro?
Mal sabe que meu amor é tão enorme
Que penso em você o dia inteiro
Talvez eu viva esperando que você sinta
O mesmo que eu sinto agora
Espero que seu coração consinta
Uma chance para mim a qualquer hora
Acho que eu me culpo demais
Por acreditar muito que me ama de verdade
E quando é assim a amizade se desfaz
Eu acreditei por livre e tola vontade
Que você deveria abraçar só a mim
E nunca a um outro alguém
Às vezes a gente sai junto e é assim
Você me abraça e eu te chamo de meu bem.

Tudo por nada


Amores começam do nada
E tudo o que eu tenho é você
Por isso mantenho guardada
A alegria que pudemos viver...
Sabe quando você tem os dedos
E tem a sua mão?
Ou quando você guarda segredos
Dentro do seu coração?
Porque é dessa forma o meu amor
E todos os meus pensamentos
Sei que nada pode me convencer
Que o nada criou o universo
Tudo que eu posso compreender
Está escrito em cada verso...
Quando alguém possui riquezas
Nem sempre pode viver em paz
E não ter nada traz tristezas
Agoniações carnais
Em torno de desejos excessivos
Mas a vida muda a cada dia
E adia desejos de homens inexpressivos
Amor é que expressa melhor o dia...
Sabe quando você tem liberdade
Mas não guarda todas as leis?
É assim como eu tenho a felicidade:
Eu me perco dela, por perder a razão toda a vez...

O dia a dia


Pensando melhor
Melhor ver no dia a dia
Uma chance de não ser só
Ao contrário do que eu via
Foi você quem me fez entender
Como o mundo pode ser diferente
Se cada homem estender
A mão para quem desistiu lá na frente
E assim levar na mente um sonho bom
De alguém que precisa de cuidado
Você me mostrou que é um dom
A chance de viver: então, obrigado...
Pensando melhor que antes
Agora percebo que não era feliz
E que perdia coisas importantes
Mas nada disso foi porque eu quis
Foi porque você só chegou agora
E então me levou em outra direção
Descobri no dia a dia lá fora
Que é possível encontrar uma multidão
Fazendo da vida na Terra
O melhor espetáculo de alegria
E nunca mais viverei em guerra
Porque existe algo melhor no dia a dia...

Amor sem palavras


Tantas palavras agora valem nada:
A força do silêncio na madrugada
Completando o que falta para o amor
Ser mais forte, mais eterno e maior...
O amor sem palavras no invade
Enquanto é noite nos céus da cidade
Nossas bocas se ocupam de beijos
Por isso, nenhuma palavra e tantos desejos
E até o dia seguinte os nossos corpos
São os deuses mais lindos em nós
O amor sem palavras sufoca nossa voz
E as palavras são suspiros baixinhos
Que reagem assim em resposta aos carinhos
De sentimentos vivos dos nossos olhares
Eu em ti... nosso amor explodindo pelos ares

A Monalisa, de Da Vinci



O sorriso indecifrável
E o vestido preto guardando segredos
Que prendem o olhar do homem estranho.
São duas mãos imóveis no tempo
E o resto do mundo olha mais ainda:
Horas infinitas de enfrentamento
E o estranho admira-se com Monalisa
Que desliza silêncios ao corpo vivo:
Um museu de cores e incompreensão...
Enquanto isso, Da Vinci dorme no céu
Ao som da quinta sinfonia de Beethoven...

NATURALMENTE


Dois corpos despidos
Ama-se da forma mais natural
Sobre eles chovem milhões de sentidos
A partir do amor, supra-sumo verbal.
Naturalmente estou em você
Como um novo habitante que vem:
Sou do seu mundo por prazer
E além de mim não há ninguém
Você me recebe de verdade
No centro do seu universo infinito
E nos amamos com vontade
No nosso momento mais bonito
As estrelas brilham no céu
E pelos ninhos os pássaros cantam
O nosso amor em favos de mel
Reproduz os sonhos que encantam
Os seus olhos e a minha boca se colocam
Em um mesmo rosto agora
Um só corpo quando os dois se tocam
E os desejos voam para fora
Você e eu em uníssona criatura
Da forma mais natural possível
Temos a visão segura
Da vida sobre o amor sensível
E agora vivemos apenas de amor
Vivemos em um lugar muito bom
Onde existem luz e cor
Onde somos um e o amor, um dom...

O VENDEDOR DE ILUSÕES


Aconteceu que um dia
Bateram à porta do meu coração:
Era um senhor com poesia,
Com gentileza e sonhos nas mãos.
Ele me pegou de surpresa,
Numa clara tarde de outono;
Vendia ilusões contra a tristeza,
E ocupou logo meu coração sem dono.
Um dia conheci um senhor
Que se dizia vendedor de ilusões,
E ele me veio com uma flor,
Veio antes que eu visse, veio com milhões
De palavras que antes nunca ouvi...
Ele veio, e só depois eu percebi.
Bateu à porta do meu peito:
E eu abri e ele entrou
Como se já me conhecesse, e pelo jeito
Que ele me olhou...
Propôs de tudo para ficar
E me fazer feliz...
Eu o aceitei, lhe concedendo um lugar.
Mas quase disse “não”: foi por um triz...
Com os anos, ele ficou à vontade,
Fazendo-me novas e melhores propostas.
Morando em um quarto vizinho ao da amizade,
Esse senhor me dava respostas
Que nenhum outro saberia dar...
E hoje, eu sei que esse vendedor de ilusões
Chama-se AMOR, e ele veio para ficar
Para sempre, morando nas minhas emoções...

Soneto aos anjos


Se eu pudesse prever
A hora em que voltaria a te ver
Eu contaria os dias
Abreviando tormentos e agonias

Então dormiria em paz...
Sabendo que essa saudade
Algum dia no tempo ficaria pra atrás
Não sendo pela eternidade...

Se eu pudesse encontrar
Uma chance em que você
Tivesse escrito que voltaria...

Se eu achasse em algum lugar
As provas que pudessem me dizer
O dia da sua volta, eu esperaria...

O amor é complicado


Tenho medo de viver
Porque acho que  me falta você
Disso, meu coração desconfia.
Mas acho que ninguém entenderia
Por isso mesmo que não digo
O que acontece comigo
Um dia o medo não será como é agora
Já que você não foi embora
E esse tempo de ausência vai acabar
E eu estarei no mesmo lugar
Ainda te esperando
Te sentindo e te amando
Mas não sei bem quando vou te ver:
E será que tudo vai ser
Do jeito que era como antes?
Os muitos instantes
Longe de você é que comprimem
Meu coração e redimem
Poemas que eu nunca poderia libertar
Mas tudo isso vai passar
Como eu sonhei ante ontem
E mais uma vez no dia de ontem
Quem sabe hoje o sonho não aconteça
E você então me apareça?
O medo saiu de mim e foi-se pra fora
Porque você chegou bem na hora...

Cânticos de amor


Eis que amar-te-ei
Como a mim mesmo desejo
E por ti somente viverei
Repousando o mel de cada beijo
Eis que quando vier o dia
Tua luz será em mim
E pela noite silenciosa e fria
Serei teu calor enfim
Eis que eu te amo
Como amo o meu próprio ser
E o nome que te chamo
Soa doce e suave ao dizer
Aqui em meus braços
Declaro que deves descansar
Resplandescer os laços
De nosso amor sob o luar
Eis que sou teu amado
Minha amada sem igual
E de ti vem o meu cuidado
Para não nos venha o mal
Eis que nossa aliança
Permanesce por toda eternidade
E dor alguma nos alcança
Apenas a paz dessa cumplicidade
Eis que esse amor viverá face a face
Como pequenas sementes que geram mais
E mais sementes até frutificar-se
Sendo permanente além dos dias finais
Nada nos fará conhecer a separação
Eu em ti somos uma só criatura
E que dure para sempre esta união
Com cânticos de amor e ventura...

Ai, amor...


Ai, amor... Perdoe a minha pobreza
E este meu coração que nada sabe
Ai, amor... Perdoe a minha tristeza
E o nada que sou onde nada me cabe
Ai, amor... Tudo aqui dentro de mim
Leva teu nome, tua voz e teu gosto
Ai, amor... Me perdoe por eu ser assim
Um poeta agoniado pelo teu rosto
Ai, amor... Ainda que mal me queiras
Eu te quero como vida e morte
Para ser as minhas cores verdadeiras
Durante noites inteiras do norte
Ai, amor... Ainda que mal creias
Cresce meu desejo por tua boca
Louca de minha alma e pelas veias
Navego teu cheiro e tua voz rouca
Ai, amor... A força que vai
De mim até o céu por esse amor
Faz o amanhecer do sol que sai
E faz o entardecer do sol a se pôr
Eu não preciso ser poeta
Para saber que somos um do outro
Como o alvo acolhe a seta
Sete desejos ao nosso encontro
Ai, amor... Ainda que não me fales
Sei que anseias por me ver
E tu sabes que eu atravessei vales
Montanhas e desertos para alcançar teu ser...

O amor de Natália

Natália passava os dias da semana
sem fazer nada e ouvindo música americana
gostava de cinema e praia
sua roupa preferida era a minissaia
a mesada que ela recebia dos seus pais
mal dava para os seus desejos superficiais
e tudo era diversão assim que a noite caía
entre meia dúzia de amigos numa danceteria
ela dançava seu corpo que nem uma louca
até o suor descer da cabeça aos pés
e depois ia caçar beijos em qualquer boca
um flerte seduzido de brincos e anéis
Natália só queria curtir a vida
e encontrar alguém igual que nem ela
que lhe oferecesse sonhos, dinheiro, casa e comida
e um amor como o de uma novela
hoje todo mundo sabe o que ela faz
pra conseguir as coisas que quer
desde os dezoito anos ela é capaz
de se comportar como menina e mulher
Quando está em casa ela liga a tv
ou se pendura ao telefone por horas a fio
Natália acha que amor é ter o que ter
não importando o tamanho do vazio
ela ainda acha que tudo sempre gira ao seu redor
que a vida é cinema e que ninguém lhe dirá não
quanta ilusão dela se achar muito maior
que o próprio mundo... e ser dona da razão...







Adolescência francesa


Ela só tinha dezessete anos
Mas me encantaram os seus olhos castanhos
E a boca que contava planos
Planos tão certos quanto estranhos
Ela me dizia coisas do passado
Tudo o que viveu antes de me conhecer
E eu já estava apaixonado
Muito antes que pudesse perceber
Eu ainda ia completar vinte
Mas ela nem perguntou minha idade
E nos amamos até o dia seguinte
Quando veio o sol sobre a cidade
Então nos descobrimos melhor:
Toda noite era sempre um cinema
E o amor foi ficando maior...
E todo dia era sempre um poema
Fui bem recebido por seus pais
E ela pelos meus também recebida
Dizia ela para mim que era capaz
De morrer por amor nessa vida
Eu lhe dizia apenas o quanto ela
Sabia fazer me sentir tão bem
A gente apagava a luz e fechava a janela
E o amor nos levava para muito além
Hoje que eu fui me lembrar
Desses momentos sentimentais
Porque ela foi embora sem me explicar
As razões de não me querer mais...








Se eu pudesse...


Se eu pudesse te dizer
Todas as poesias de amor
Se eu pudesse descrever
Esse sentimento que me acalmou
Ah, eu precisaria mais que tudo
Que uma vida inteira
Precisaria te dar o mundo
Em nome dessa força verdadeira
Que mexe com o meu coração
Se eu pudesse pôr o meu olhar
Cheio de esplendor e emoção
Você entenderia sem muito pensar
Mas eu não posso nada:
Não posso e nem peço o seu carinho
Sufoco o desejo que brada
E te pede pra não me deixar sozinho
E se eu pudesse me enganar ou fugir
Mas eu não sei nem consigo tanto
Se eu pudesse colocar aqui
Em mim o seu olhar de encanto
Ah, eu precisaria de um lugar perfeito
Parecido com um lindo sonho
Eu precisaria de algum jeito
Te convencer das coisas a que me proponho
Mas se eu pudesse cantar
As canções que eu fiz pra você
E se eu achasse um lugar
No seu coração, eu enfim conseguiria sobreviver.